Uma reunião da bancada do PDT na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (30/10), deve decidir o futuro do ex-ministro Ciro Gomes no partido. Há deputados que defendem a expulsão de Ciro da legenda, enquanto outros preferem que ele deixe apenas a vice-presidência da sigla.
Os parlamentares que defendem a saída justificam que ele está seguindo “outro rumo”, apontando – dentre outros fatores – as eleições municipais de 2024. As informações são do Estadão.
“Eu vou protocolar um pedido de expulsão se isso não avançar de uma forma consensual no partido. Ele está indo para outro rumo. Como ele está desviando a rota, até para o partido retomar esse crescimento, que ele busque um partido que pensa igual a ele”, afirma o deputado Josenildo Abrantes (PDT-AP).
O grupo de parlamentares favoráveis à expulsão defende que Ciro pode prejudicar o desempenho do partido em 2026, quando precisará eleger 13 deputados ou ter 2,5% dos votos válidos para atingir a cláusula de barreira.
Para esses deputados, também pesou a posição do pedetista nas eleições em Fortaleza. Embora a legenda tenha orientado pela neutralidade, Ciro teria feito um apoio velado ao candidato do PL, André Fernandes, que disputou o segundo turno contra Evandro Leitão (PT). O petista venceu o pleito, neste domingo (27), com 50,38% dos votos válidos.
Além de vereadores, o ex-prefeito Roberto Cláudio – reconhecido como pupilo de Ciro – declarou apoio abertamente a André no segundo turno, inclusive participando de atos de campanha.
A Juventude do PDT repudiou o apoio a André Fernandes, e Ciro reagiu. Por meio de um comentário, o ex-ministro rebateu o posicionamento da Juventude Socialista pedindo “mais respeito”, senão iria “dizer mais algumas coisas que a burocracia de nosso partido está precisando ouvir”. Ele também afirma que não é nem será “puxadinho do PT”.
Fonte: Estadão / SP