O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou defesa diante da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado. No documento enviado ao Supremo, os advogados de Bolsonaro alegam que o julgamento da denúncia da PGR não pode ser realizado pela Primeira Turma do STF, e insistem que o caso seja analisado pelo plenário da Corte.
Bolsonaro e outras 33 pessoas são investigadas pela trama golpista. Como o processo tramita no STF, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi quem recebeu a denúncia da PGR. Os denunciados tiveram o prazo de 15 dias para enviar resposta escrita à acusação formal para o ministro. O prazo de Bolsonaro terminou nesta quinta-feira (6/3).
Após receber as respostas, Moraes poderá liberar o caso para julgamento pelo plenário ou pela Primeira Turma do STF. Os ministros decidirão se aceitam a denúncia, abrindo uma ação penal que tornaria Bolsonaro réu no processo. Caso a ação seja instaurada, ainda caberá recurso da decisão.
A defesa do ex-presidente rebateu a denúncia da PGR chamando-a de “inepta”, “precária” e “incoerente”. Bolsonaro tem argumentado que o processo não deveria ser conduzido por Moraes e expressou seu desejo de ser julgado pelo plenário do STF. O ex-presidente tem apostado ainda na tese de que o caso deveria ser remetido à primeira instância, alegando que, após deixar a Presidência, não possui mais foro privilegiado.
Fonte: Diário do Nordeste