Durante audiência no Senado, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enfrentou perguntas diretas e incômodas do senador Cid Gomes (PSB-CE). O parlamentar cearense questionou o chefe da autoridade monetária sobre a lógica da política de juros do país, especialmente em um momento de crescimento da economia.
“Por que, com o país crescendo, o Banco Central aumenta a taxa de juros e não reduz?”, perguntou Cid, em tom crítico. Em seguida, lançou outro questionamento incisivo: “Como o Banco Central explica a tese na qual é contra o crescimento da economia?”.
Diante dos questionamentos, Galípolo tergiversou. Apresentou uma resposta técnica, recheada de jargões, mas sem convencer. Na prática, não respondeu de forma clara nem enfrentou o cerne da crítica feita pelo senador.
A cena escancarou o distanciamento entre a política monetária adotada pelo Banco Central e os anseios de parte significativa da classe política — e da população — que cobra uma atuação mais alinhada com a retomada do desenvolvimento econômico e a geração de empregos.
Para Cid Gomes, a política de juros altos, mantida mesmo com indicadores positivos, representa um entrave ao crescimento e não se sustenta diante da realidade do país.
Onde fica essa realidade alternativa que o Brasil está com a economia crescendo?