Sobral, que sempre foi considerada uma cidade polo no interior do Ceará, ficou de fora da lista dos municípios cearenses que mais geraram empregos formais no mês de maio. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho, e mostram um cenário preocupante para a economia local.

Enquanto Fortaleza (+3.327), Caucaia (+279), Juazeiro do Norte (+271), Itaitinga (+256) e Quixeramobim (+210) lideram a geração de empregos no estado, Sobral não figura nem entre os dez primeiros e, pior, apresenta desempenho negativo no acumulado do ano. De janeiro a maio, o município já acumula um saldo negativo de -558 vagas formais.

Durante a campanha eleitoral, o prefeito Oscar Rodrigues fez da geração de empregos uma de suas principais bandeiras. Falou em atrair novos negócios, fomentar o empreendedorismo local e criar um ambiente favorável para que empresas se instalassem na cidade. Na prática, até agora, as ações prometidas não se transformaram em resultados concretos.

O “Novo Tempo” prometido parece cada vez mais distante da realidade da população sobralense, que enfrenta a escassez de oportunidades e observa a economia local andar de lado enquanto outros municípios do Ceará avançam.

O estado do Ceará encerrou o mês de maio com 5.769 novos empregos formais e no acumulado do ano já são mais de 18 mil postos de trabalho criados. Enquanto isso, Sobral assiste à perda de vagas e ao enfraquecimento de setores estratégicos como indústria e comércio, que historicamente foram motores da economia local.

Fica a pergunta: até quando Sobral ficará na contramão do crescimento? Até quando a gestão municipal continuará se apoiando em discursos e anúncios sem efetividade? A população clama por medidas concretas para reverter o cenário e devolver à cidade o protagonismo econômico que um dia teve.