A Andifes, associação que reúne os reitores das universidades federais, alertou nesta segunda-feira (28) para um nove corte no orçamento da educação superior feito pelo governo Bolsonaro. O valor bloqueado no Ministério da Educação é de R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 244 milhões destinados às universidades federais.

O novo bloqueio está ligado ao relatório bimestral de receitas e despesas divulgado neste mês pela equipe econômica, que, para respeitar o teto de gastos, apontou a necessidade de um congelamento adicional de verbas no orçamento de 2022 de R$ 5,7 bilhões.

Foi o quinto bloqueio de verbas do governo Bolsonaro, somando um total de R$ 15,4 bilhões em 2022. Segundo adiantou na última semana o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Pedro Colnago Júnior, a totalidade desse bloqueio poderia acontecer nas despesas discricionárias dos ministérios.

Essas despesas são as não obrigatórias, que envolvem investimentos e custeio da máquina pública. De acordo com Colnago Júnior, quase a totalidade dos valores disponíveis em emendas do relator – o chamado orçamento secreto – e emendas de comissão já estava bloqueada, e a única alternativa era bloquear as despesas discricionárias.

“É trágico. A nossa situação já era objetivamente trágica antes de isso acontecer, e estamos advertindo isso desde a metade do ano”, disse o presidente da Andifes, Ricardo Fonseca, a GloboNews.