Setor de crédito no Brasil está em alerta máximo, com endividamento e inadimplência elevados

O Brasil pode não estar ainda em uma plena crise de crédito, quando os agentes financeiros fecham de vez as portas para a concessão de empréstimos, mas especialistas alertam que o País já entrou numa fase de alerta máximo, com tendência de alta de endividamento das famílias e elevação da inadimplência de pessoas e empresas, em meio a condições de renegociação de dívida cada vez mais desfavoráveis.

O atual descontrole tem origens ainda durante o auge da pandemia de covid-19, em meados de 2020. A falta de liquidez gerada pela queda na circulação de pessoas fruto da crise sanitária obrigou a decisões de vasta liberação de recursos.

As pessoas tiveram acesso aos auxílios emergenciais, as empresas pequenas e médias ganharam a linha de crédito do Pronampe e a alíquota de recolhimento compulsório dos depósitos à vista no bancos recuou de 31% no início de 2020 para até 17% em 2021.

O resultado de todo esse quadro foi que as pessoas físicas se sentiram incentivadas a contrair dívidas relacionadas ao consumo de bens e serviços e as empresas aproveitaram para ficar mais alavancadas para financiar projetos de expansão e de modernização tecnológica.

Um fator importante é que o a taxa básica de juros, a Selic, estava em confortáveis 2% ao ano até março de 2021, o menor patamar histórico.

Com a alta da inflação, primeiro motivada por quebras na cadeia global de suprimentos e depois por uma série de eventos que vão desde a plena retomada da atividade econômica após a chegada das vacinas até os efeitos da guerra na Ucrânia nos preços das commodities, o Banco Central teve de praticar contínuas altas nos juros – em agosto passado, a Selic chegou aos atuais 13,75%.

A soma de fatores como desemprego ainda alto, inflação em rota ascendente e juros restritivos passou então a acelerar uma tendência de endividamento das famílias e de dificuldades de pagamento pelas empresas que ainda não deu mostras de arrefecimento.

Para saber mais clique AQUI – https://bit.ly/3yte9fK

Publicar comentário