Facções e Milícias são atraídas para as campanhas eleitorais

Não se pode negar a existência de facções e milícias. Também, é do conhecimento de todos que atuam na área da segurança que um jovem pobre da periferia não tem recursos para pagar até R$ 15 mil por uma pistola de grosso calibre. O negócio com o crime organizado prosperou no Brasil e o Ceará não está fora do contexto impulsionado pela corrupção no serviço público e o consumo de drogas.

Para vencer eleições, deputados, prefeitos e vereadores se aliam ao mundo das facções, doando recursos para conquistar eleições tornado-se proprietários de colégios eleitorais dominados por marginais.

As investigações da polícia sempre citam participações de homens públicos com as chamadas facções e milícias. Em muitos casos, até mesmo com matadores. 

Essa parceria entre políticos e o mundo do crime será encerrada, quando os candidatos passarem a disputar votos diretamente com o eleitor, libertando-se de lideranças de bairros corruptas, criminosos e endinheirados que botam recursos em campanhas para controlar Prefeituras e Câmaras Municipais. 

As facções atuam de forma diferente. O negócio tem começo meio e fim. O político tem o voto, mas a contrapartida terá que ser cumprida. Eleitor que não honra o compromisso tem familiares mortos. O dono de mandato fica curtindo a dor até cumprir o acordado. Em resumo, o político procura os criminosos e se torna refém. 

Viajando pelo Interior ou em conversas em Fortaleza, é possível perceber diálogos diretos. “O prefeito é ligado às facções, os vereadores foram eleitos pela facção”. O Ministério Público deve entrar para investigar juntamente com a polícia. Voto tem que ser o resultado do serviço prestado e não comprado ou sob ameaça.

Fonte: Blog do Roberto Moreira

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