Antes mesmo de seu nome ser anunciado na sacada da Basílica de São Pedro, a multidão abaixo gritava “Viva il papa” (Viva o papa).
Robert Prevost, de 69 anos, será o 267º ocupante do trono de São Pedro e será conhecido como Leão 14.
Ele será o primeiro americano a ocupar o posto de papa, embora também seja considerado um cardeal latino-americano devido aos muitos anos que passou como missionário no Peru, antes de se tornar arcebispo.
Leão 14 disse à multidão que o ouvia na Basílica de São Pedro que é membro da Ordem Agostiniana, a primeira da Igreja Católica Romana a combinar a posição clerical com uma vida comunitária plena. A ênfase moderna tem sido na missão, na educação e no trabalho hospitalar.
Na juventude, ele frequentou um seminário da Ordem de Santo Agostinho em St. Louis antes de se formar em matemática na Filadélfia.
O novo papa será o primeiro papa agostiniano a comandar a Igreja Católica.
Leão 14 tinha 30 anos quando se mudou para o Peru justamente como parte de uma missão agostiniana.
Poliglota, ele tem nacionalidade peruana e é lembrado com carinho como uma figura que trabalhou com comunidades marginalizadas e ajudou a construir pontes na Igreja local.
Nascido em Chicago em 1955, Prevost é filho de mãe espanhola e pai americano, Tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph.
Leão 14 é considerado um reformista e visto como uma figura que favorece a continuidade das mudanças que Francisco promoveu na Igreja Católica.
Acredita-se que Prevost compartilhasse as visões de Francisco sobre migrantes, os pobres e o meio ambiente.
Em suas primeiras palavras como papa, Leão 14 falou com carinho de seu antecessor, diante das mais de 40 mil pessoas presentes ali na Praça de São Pedro.
“Ainda ouvimos em nossos ouvidos a voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que nos abençoou”, disse ele.
“Unidos e de mãos dadas com Deus, avancemos juntos”, afirmou diante de uma multidão em festa.
“A humanidade precisa de Cristo como ponte para ser alcançada por Deus e seu amor. Ajudem-nos e ajudem-nos uns aos outros a construir pontes.”
A metáfora das pontas era cara também a Francisco e foi lembrada no funeral do falecido pontífice.
Fonte: BBC