BC diz que juros vão continuar nas alturas por longo tempo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, presidido por Gabriel Galípolo, afirmou que manterá a política monetária em nível “significativamente contracionista” por um período prolongado. A decisão acompanha a elevação da taxa Selic para 14,75% ao ano, o sexto aumento consecutivo desde setembro de 2024, com o objetivo de conter a inflação, mesmo reconhecendo os impactos negativos na atividade econômica e no emprego.

Segundo o documento, os juros elevados já estão afetando diversos setores, como o crédito, o câmbio, os investimentos empresariais e o mercado de trabalho. O Copom reconhece que o arrocho monetário contribui para o aumento do desemprego e a desaceleração da economia, o que, segundo o Comitê, é parte esperada do ajuste para controlar a inflação. O Banco Central indica que esses efeitos devem se intensificar nos próximos trimestres.

A ata também reforça a defesa de uma política fiscal mais rígida e de reformas estruturais, pressionando o governo federal a seguir diretrizes que priorizem o controle inflacionário em detrimento de medidas de estímulo ao crescimento. O Copom sinaliza que, diante do cenário atual, novas altas nos juros não estão descartadas, caso o governo não adote políticas alinhadas às expectativas do mercado financeiro.

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